Diário de uma Assessora
Data de publicação: 17 de setembro de 2023

SALVEM AS DUAS VIDAS: Uma luta contra o ab0rt0

Em outubro de 2019, descobri que estava grávida. Para nós, uma enorme alegria, após muito tempo de oração, Deus havia nos dado a Graça de estarmos gestando um filho, presente do céu.


No dia 24 de outubro do mesmo ano (véspera do meu aniversário), após a realização de um exame de 

ultrassom, onde eu estava com 7 semanas de gestação, acabamos descobrindo que eu estava com uma gestação ectópica (gestação dentro da tuba uterina) que para medicina, é impossível que essa gestação vá adiante, pois sabemos que o feto só pode ser gerado dentro do útero, porém, por algum motivo, o nosso bebê não havia chegado até o útero.


Foi um momento de choque para nós, onde verdadeiramente a nossa fé foi testada, sendo que em 2018, eu havia tido um aborto espontâneo e para quem já teve, sabe o quanto é doloroso para uma mãe. 


Nosso coração doeu e ficamos sem chão. A Dra que me atendeu, nos informou que a gravidez não poderia seguir adiante, pelo feto ainda estar com vida e com batimentos cardíacos, teríamos 3 opções a escolher: 


1ª: se submeter a uma cirurgia por videolaparoscopia, onde seria feita a retirada do feto com vida da trompa;

2º: através de um exame de ultrassonografia, seria feito uma injeção no feto, o qual, secaria e o próprio corpo absorveria;

3º: esperar até que a trompa romper, onde teria que ir as pressas para a emergência e realizar uma cirurgia para a retirada dessa trompa, sendo que poderia nunca mais ter filhos ou até podendo ter uma hemorragia interna, na qual, poderia me levar a óbito.


Ela nos deu 1 hora para pensar no que faríamos.

Nesse momento, tivemos a sensação que Deus nos colocou na parede, pois sempre falamos que éramos contra qualquer tipo de prática de aborto e por incrível que parecesse, estávamos sentindo na pele essa situação.


Nos colocamos em profundo silêncio, esperamos a 1 hora, ela se aproximou e perguntou qual era a nossa decisão, sendo que ela já estava informando que a sala de cirurgia estava pronta e ela poderia realizar o procedimento cirúrgico naquela mesma noite. 


Dissemos que não iriamos realizar a retirada do feto e que iríamos esperar. 


Ela ficou abismada, disse mais uma vez quais seriam os riscos que eu estava correndo tomando essa decisão. Que não seria o ideal, pois eu poderia ser mãe em outro momento. - Como se o meu filho tivesse uma data de validade, e ela estava decidindo naquele momento, qual era a data de validade dele.-


Mesmo contra a vontade dela, nos liberou e fomos para casa.


No caminho, não trocamos uma palavra se quer, nosso coração estava em pedaços, mas estávamos confiantes de que Deus poderia operar um milagre em nossa vida.


No outro dia, (meu aniversário) uma amiga, entrou em contato conosco por video chamada e fizemos um clamor para o céus, ela profetizou que o Arcanjo Rafael estava tocando na minha trompa e que Deus estava operando um milagre em nossa vida, e a cada momento que passava, nós cremos que Deus estava operando um milagre.


Porém, ainda nos restavam dúvidas, muitas pessoas estavam entrando em contato conosco, dizendo palavras como: "vocês não podem ficar esperando!" "é perigoso, você corre risco de vida"! "Deus entende o quanto você corre riscos, precisa tirar essa criança"! 


Entramos em contato com muitos missionários, teólogos, padres, doutores em biogenética católicos, para pedir opiniões, do que a Santa Igreja Católica nos orientava.


Durante esse processo de espera, precisei realizar o exame de sangue Beta HCG de 2 em 2 dias, para ver se o feto estava se desenvolvendo, e foi o que aconteceu. A cada exame, o feto se desenvolvia mais e mais.


No dia 31 de Outubro, comemorado o "Halooween", realizamos o relógio vivo, em reparação a todos os pecados e blasfemias cometidas nesse dia. Diante da Cruz de Jesus, eu fiz a oração mais sincera de minha vida, e eu estava crendo, que se Deus fez o homem ver, o paralítico caminhar, o fluxo de sangue da mulher cessar, Ele poderia tirar o meu filho da trompa e transferir para o útero. Rezamos por toda a minha gestação, pela minha árvore genealógica, por tudo o que a minha mãe havia vivenciado, tudo que me atrapalhava e impedia de ser mãe. Foi um momento muito forte vivido ao lado do meu amado esposo. 


No dia 4 de Novembro, eu estava trabalhando e senti uma dor muito forte ao lado da barriga (sendo que a Dra havia informado que o sintomas de uma trompa rompida, que seria, muita dor ao lado e sangramento). Entrei em contato com meu esposo, liguei para a Dra (a qual não estava na nossa cidade, mas que iria informar a plantonista para nos esperar) e fomos até a maternidade do hospital.


Chegando na maternidade, ela solicitou que eu realizasse uma ultrassonografia para conferir se a trompa já teria rompido ou se estava prestes a romper.


Chegando na sala de exame, meu esposo não pode entrar, eu até estranhei e fiquei muito preocupada, pois entraria sozinha, sendo que ele sempre pode entrar junto. Mesmo com insistência, ele não foi autorizado a entrar comigo.


O Dr que realizaria o exame, entrou na sala, conversou comigo, perguntou quantas semanas eu estava e o porque estava ali, informei a ele que eu estava com uma gravidez ectópica e estava com muita dor, por isso, estava realizando o exame, para ver se a trompa não teria rompido.


Ele disse ok, começou a me examinar. Porém, eu via no olhar dele que algo estava errado, ele novamente me perguntou:


- Você disse que estava com o que?

- E eu: com uma gravidez ectópica.


Nesse momento, ele levantou da cadeira, sentou novamente, olhou para o computador, colocou a mão no rosto, pensativo. Saiu da sala e chamou um outro Dr.


Esse Dr foi ver o que estava acontecendo, pois o primeiro médico estava um pouco nervoso.

Ele me examinou também e me disse: 


- LUANA, ACONTECEU ALGUMA COISA AQUI: SEU BEBÊ NÃO ESTÁ MAIS NA TROMPA, ELE ESTÁ NO ÚTERO. E EU NÃO SEI EXPLICAR COMO ISSO COMO ISSO ACONTECEU!. 


E eu sabia como explicar, porém, não disse nada. Ele chamou meu esposo e mostrou, que o bebê não 

estava mais na trompa, que por tanto, eu estava com uma gravidez tópica, a qual, poderia ser 

continuada.


Após, a Dra plantonista pegou nosso exame e informou que a medicina não explica o que aconteceu, pois como mostra o exame (anexado nesse testemunho), nosso bebê estava no ISTMO da trompa, no finalzinho e acabou caindo para o útero e sendo gerado novamente, de forma milagrosa, onde a medicina não explica, pois não existia caso comprovado no Brasil, que o feto caiu para o útero. 


Ela nos abraçou e nos desejou muitas felicidades, todos os médicos do hospital naquele momento já estavam sabendo do nosso caso, e estavam pasmos, não sabiam o que nos dizer.


Nós cremos e Deus mostrou mais uma vez, que ELE TUDO PODE, que ELE TUDO REALIZA naquele que crê.


Para a honra e Glória de Nosso Senhor Jesus Cristo, a gravidez seguiu normalmente, até o 9º mês de gestação e no dia 12 de Junho de 2020, o nosso milagre, o nosso presente do céu nasceu, perfeito, para nos trazer muita alegria e para mais uma vez confirmar, que Deus é Deus, o Senhor dos Senhores, o médico dos médicos. 


Nosso amado Bento Levi, um sonho de Deus! 


Por isso, nós dizemos: Deus é responsável por tudo isso. Ele apenas nos deu sabedoria de dizer NÃO para algo absurdamente infernal. 


Agora eu penso, e se tivesse aceitado? e se ficasse com medo de morrer? Hoje, não teria meu lindo filho em nossos braços e não proclamaria a graça de Deus em nosso meio.


 Lembre-se: Ele pode fazer muito mais na sua vida.


Deus seja louvado!