Entre o Poder e a Lei
Data de publicação: 12 de outubro de 2023

Israel

Brasília, 12 de outubro de 2023.


Semana terrível, semana triste.


Triste para mim, triste para a humanidade.

Dia triste para escrever.


Mas escreverei, pois algumas coisas precisam ser guardadas na memória e ecoadas no tempo.


E com esperança que isso ressoe, permitam-me começar: Eventos terríveis ocorreram nesta última semana.


Em síntese, o Estado de Israel foi vítima de vis, asquerosos, repugnantes atos terroristas, perpetrados pela organização Hamas.


Assassinatos, decapitações, estupros. Crimes praticados em massa contra inocentes. Mulheres, crianças, idosos...


Por óbvio, não irei reavivar ou detalhar os acontecimentos, uma vez que estes restaram amplamente divulgados em todo o globo.


Não detalharei, pois o choque dos noticiários (ao menos daqueles que realmente noticiaram e noticiam, que praticam real jornalismo, sem qualquer viés apologético à terroristas) já abalou os indivíduos que são sãos o suficiente para se importar.


Mas posso, e vou, julgar os miseráveis que ignoraram, relativizaram ou endossaram os atos. Sim, alguns endossaram.


Primeiramente, quero deixar registrado meu mais profundo desprezo aos parlamentares que relativizaram o que ocorreu. São políticos com os quais tenho o desprazer de eventualmente conviver, e isso me enoja. São representantes do povo que foram incapazes de apoiar um mero repúdio a um grupo TERRORISTA.


Evidente que não serei leviano a ponto de generalizar todo um espectro político. Sei que os atos terroristas enojaram direita e esquerda, mas alguns não se sensibilizaram, para dizer o mínimo.


E claro, o desprezo não se direciona apenas a parlamentares. Ministros que se consideram verdadeiros paladinos da JUSTIÇA e dos DIREITOS HUMANOS permanecem silentes.


Arautos da verdade e da sapiência (ao menos assim julgam a si próprios), poderiam ter a decência de externar algumas palavras solidárias. Mas não, isso seria esperar demais.


Não basta sinalizar virtude, saber de sua existência, e não praticá-la. Já dizia Aristóteles: “Quanto à virtude, não basta conhecê-la, devemos tentar possuí-la e colocá-la em prática.”


Alguns não conseguem, são vazios.


 E não há virtude no vazio. Repugnante. Triste.

Mas a situação, por incrível que pareça, piora. Piora, pois existem aqueles que endossaram os atos.


A estes, não preciso apontar dedos. Sabemos quem são, pois são vocais em sua estupidez. Apenas digo: vocês arderão. Independente de religião ou de sua ausência, em vida ou após, arderão.


E agora, encerro.


E gostaria de encerrar, neste abençoado dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, dia das crianças, desejando que as almas das vítimas do conflito encontrem a luz. Que os indefesos, ceifados do privilégio da vida, encontrem a paz.


Aos demais, espero que fiquem bem. É difícil, sei que é. Mas ainda há decência e bondade no mundo, e aqueles que as detém possuem a força para superar estes momentos.


Não passaremos incólumes, mas passaremos.


Até.