Encontro com a Pati
Data de publicação: 09 de setembro de 2023

A união dos gaúchos após a tragédia

Patrícia K. Loeser Marcon

Administradora de Empresas

@pkloeser


Na última semana o Rio Grande do Sul foi assolado por chuvas fortíssimas causadas pela passagem de um ciclone extratropical pelo estado, causando inúmeras mortes e desaparecidos e tirando milhares de pessoas de suas casas, isso quando ainda existe uma casa para a qual voltar se a água baixar. Disso todos nós sabemos. Não há um gaúcho que não tenha visto imagens desse verdadeiro terror que se abateu sobre mais de oitenta cidades.


E é preciso que um coração seja muito duro para não sentir no mínimo uma tristeza genuína por conta disso… Mas o que talvez muitos de nós não tenham se dado conta, é de que esse terrível evento mostrou um lado que muitas pessoas achavam que não existia mais. Não somente de se comover com o sofrimento alheio, mas de botar a mão na massa.


De se mobilizar. De não ficar esperando sentado o governo fazer algo… (Até porque seria surpreendente algum tipo de empatia vir desse presidente, cuja primeira dama sente vontade de “dançar” enquanto seu povo morre levado pelas águas, hospedados em hotéis de luxo pagos por esses mesmos que hoje sofrem e passeando o mundo quando tudo o que muitas dessas pessoas precisavam eram ser resgatas por uma aeronave bem mais simples do que um avião presidencial).


As pessoas saíram de suas casas, montaram forças tarefas dignas de tempos de guerra, viajaram milhares de quilômetros pra tentar ajudar em qualquer coisa que fosse possível, correram riscos por pessoas que eles nem conhecem.


Donativos chegaram aos milhares, tanto que se pediu pra focar em reconstrução pois já há donativos suficientes por hora. Nunca na minha vida tinha visto algo nessa magnitude. Nessas horas a gente vê que sim, o mundo possui muita gente má, mas há também inúmeras pessoas (e na minha concepção, são maioria) dispostas a doar seu tempo, sua força, seu trabalho, seu dinheiro, seu saber, tudo em prol do próximo.


Que quando pensarmos em perder a esperança a gente lembre que há, sim, gente do bem por aí e que somos fortes para fazer verdadeiras revoluções quando nos unimos e mobilizamos.