A liberdade de escolha e a responsabilidade do Estado
Patrícia K. Loeser Marcon
Administradora de Empresas
@pkloeser
Ah a liberdade! Sempre ela… Essa palavra que tem um significado tão sublime mas que é tão distorcido nos dias de hoje. Arrisco dizer que para mim o que define ela melhor é que para a liberdade não há “mas”. “Ah, mas o cidadão não entende” “mas só quero protegê-lo”, mas, mas, mas… As desculpas são muitas. Nenhuma delas justifica você achar que pode controlar a vida do outro. Como diz o ditado, a tua liberdade sempre vai até onde inicia a do outro. (Lembremos que um bebê no ventre de sua mãe é um outro ser, portanto, deve ser protegido de certas “liberdades” que algumas mães querem ter sobre seus corpos neste momento…)
Governos autoritários adoram exigir restrição da liberdade por poder. Como dominar um povo que já não está feliz se não pela extirpação de sua liberdade? Em vez de mudar sua forma de governar, consideram mais fácil calar quem pensa diferente. Já que em algum momento a máscara de “bonzinhos” cai, os autoritários (que não querem que as pessoas pensem por si mesmas e por vezes decidam coisas diferentes do que seu governante deseja) não conseguem conceber essa “liberdade” de perder o poder adquirido. “Mas eu sei o que é melhor” “Eu que entendo!” “Eu quero proteger meu povo!” Começam os “mas”, e quem se posiciona contra ainda é taxado de antidemocrático. Percebe a incoerência completa?
Nessa semana tivemos outro ataque orquestrado desse governo de esquerda sobre nossas liberdades aqui no Brasil. Obrigar que os pais vacinem seus filhos, para uma doença que em sua maioria não afeta com gravidade pessoas nessa faixa etária e onde efeitos colaterais podem ser mais graves que a doença em si, além de inúmeros órgãos já se posicionarem contra essa obrigatoriedade, sendo apenas recomendada nos EUA e nem sequer isso na Europa. Mais uma vez a Esquerda Brasileira querendo mostrar “serviço” sem embasamento científico nenhum e equivalendo o covid na infância à doenças graves nessa fase, como coqueluche e sarampo. Em inúmeros Estados Brasileiros é exigência o cumprimento de toda a vacinação exigida para a criança se matricular na escola. Aí o responsável por ela pode pensar em fazer ensino em casa, o chamado homeschooling, mas adivinha? Ele não é permitido também. E se você não matricular seu filho pode vir até mesmo perder a guarda dele. Bela liberdade democrática essa que vivemos.
Vejam que nesse texto não falei sobre minha opinião quanto a vacinar ou não, se é bom, ruim, se concordo ou não. Isso cabe a sua liberdade de escolher, nenhum Estado deve ter mais autoridade sobre isso do que um pai e mãe.
Muitos consideram exagero essa visão de “controle”. Porém, com essas “pequenas” restrições de liberdade pode-se ver até onde o Estado pode ir. E quanto mais nos calamos, mais essa escalada autoritária cresce.
Nossos representantes no Congresso Nacional irão lutar com unhas e dentes contra essa atrocidade, porém, como gosto de dizer, eles são menos de 600 em um universo de mais de 200 milhões de brasileiros. Ah se o povo soubesse o poder que tem…
Enquanto ainda temos liberdade suficiente para nos manifestarmos e batermos o pé sobre essas questões que afetam nosso livre arbítrio, é urgente que façamos, antes que seja tarde demais.