A Mão Invisível
Data de publicação: 11 de março de 2024

A Física e a Economia

A relação entre economia e física pode ser explorada através do conceito de elasticidade e a lei de Hooke, respectivamente. A elasticidade na economia mede a sensibilidade da demanda ou oferta de um bem em resposta a mudanças em seu preço, enquanto a lei de Hooke na física descreve como a deformação de um material é proporcional à força aplicada sobre ele.


Imagine que queremos analisar o impacto de mudanças nos preços do petróleo na demanda de combustíveis. Na economia, a elasticidade-preço da demanda (E_d) é calculada como a porcentagem de mudança na quantidade demandada (ΔQ/Q) dividida pela porcentagem de mudança no preço (ΔP/P). Se a elasticidade-preço da demanda por combustíveis for de -0,3, isso indica que um aumento de 1% no preço do petróleo levará a uma redução de 0,3% na demanda por combustíveis.


Paralelamente, na física, a lei de Hooke é expressa como F = kx, onde F é a força aplicada ao objeto, k é a constante de mola (que mede a rigidez do material) e x é a deformação (extensão ou compressão) do objeto. Suponha uma mola com uma constante de mola de 500 N/m (newtons por metro). Se aplicarmos uma força de 10 N, a extensão (x) da mola seria de 0,02 m (ou 2 cm), calculada reorganizando a fórmula para x = F/k.


Ao relacionar esses dois conceitos, podemos perceber que tanto na economia quanto na física, existe uma proporção direta entre uma força aplicada (seja ela uma mudança no preço ou uma força física) e a resposta gerada (mudança na quantidade demandada ou deformação do objeto). Ambos os campos estudam sistemas em equilíbrio e como eles respondem a perturbações externas.


Podemos estender essa analogia para discutir conceitos como equilíbrio de mercado na economia, que se assemelha ao equilíbrio de forças na física, onde as forças de demanda e oferta se igualam, ou a ideia de potencial gravitacional, comparável ao conceito econômico de utilidade potencial ou valor. Isso ilustra como, apesar de suas aparentes diferenças, economia e física empregam princípios similares de equilíbrio, proporcionalidade e resposta a variações, permitindo uma compreensão mais profunda dos sistemas que regem tanto o mundo material quanto às interações humanas.