A face oculta do feminismo
Tassiane P. Tasso
Assessora Executiva-Administrativa e de Imprensa
O feminismo tem duas faces. Uma é aparentemente bonita: é a face da igualdade, da não violência, da empatia, do respeito, da sororidade. Esse é o lado que querem que você veja. Porém, ele tem uma outra face. É uma face que normalmente está oculta, e que pouco se vê por não ser lá muito agradável aos olhos – e ao coração também. Mas nesta coluna, caro leitor, vou te ajudar a conhecer um pouco mais sobre algumas verdades que o movimento feminista esconde por trás do belo discurso e rótulo que apresenta ao mundo.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em 30 países e publicada em março de 2022 revelou que mais da metade das mulheres brasileiras se consideram feministas. No entanto, será que todas essas mulheres conhecem de fato o que o movimento feminista atualmente defende? Receio que não, mas de forma alguma irei julgá-las, pois o que nos foi pregado desde sempre é que ser feminista significa simplesmente defender os direitos das mulheres.
O que pouco se sabe é que o feminismo desde sempre esteve ligado à revolução sexual, ambos estando ligados ao questionamento da moralidade religiosa, da instituição tradicional do matrimônio monogâmico. E por que? Bem, ambos identificam na estrutura familiar tradicional o seu principal inimigo e, portanto, alvo principal. O objetivo é destruir a ideia tradicional de família porque ela é justamente a célula mãe da sociedade. Evidentemente, ao se destruir aquele que é o principal pilar da sociedade, busca-se trazer toda essa sociedade abaixo. À luz disso fica mais nítida a compreensão, por exemplo, da constante tentativa feminista de estabelecer uma espécie de competição, ou até mesmo de confronto, entre os sexos.
O movimento feminista prega desde o seu princípio que o homem oprime a mulher e que vivemos em uma sociedade machista, que vê a mulher como uma mera máquina reprodutiva, e que essa opressão e condição social desigual – e, portanto, injusta – entre os sexos tem sua origem justamente na estrutura familiar tradicional. E, sendo essa opressão e desigualdade injustas, a conclusão lógica (ou será ideológica?) é que é necessário seguir o diagnóstico de Karl Marx: a abolição da família.
Para tal fim, a narrativa que se constrói é uma na qual a mulher é uma espécie de cidadã de segunda categoria, um mero objeto sujeito aos ditames e desejos sexuais e reprodutivos do homem. Assim, o maniqueísmo da visão do homem opressor versus a mulher oprimida busca, por meio da manipulação de emoções, gerar uma revolta no coração das mulheres, uma repulsa pela ideia da maternidade e da construção de uma família.
Essa construção ideológica, porém, esconde algo que não pode nunca ser negado: o fato de que o maior de todos os privilégios de ser uma mulher – até por ser uma exclusividade biológica – é justamente a capacidade de dar origem a uma vida. A capacidade de ensiná-la a trilhar o seu próprio caminho, dá-la carinho, amor e afeto, e de preferência fazer isso junto de um homem que a respeite e tenha o mesmo empenho e cuidado na criação dessa nova vida. E isso não é, de maneira alguma, ser oprimida; é simplesmente ser uma mulher, tão capaz quanto qualquer homem de fazer suas próprias escolhas, de tomar suas próprias decisões e de viver a sua vida de acordo com a realidade, e não de acordo com alguma ficção ideológica.
Como dito no início do texto, o movimento feminista possui duas faces: uma bela, que oferece uma visão simplista e sedutora da sociedade; e outra oculta, também simplista, mas ressentida, revoltosa e destrutiva. Não podemos deixar que esse tipo de radicalismo faça uma lavagem cerebral na sociedade.
Então, da próxima vez que alguém disser que ser feminista siginifica defender os diretos das mulheres, inverta o jogo. Questione o(a) ativista feminista e faça com que tal pessoa demonstre o que ela realmente defende. Deixe que a face oculta se revele e exponha a podridão.